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Manifestantes montam barricadas em portas de salas e impedem a realização de aulas na Escola Politécnica da USP.

A manhã desta quinta-feira, 28/09, começou de forma atípica na Poli, quando mais de uma dezena de estudantes, munidos de chocalhos e tamborins adentraram os corredores da Instituição e iniciaram um batuque totalmente descompassado e ensurdecedor a ponto de interromperem as aulas que aconteciam normalmente até aquele momento.

Os grevistas já haviam tentado invadir, de forma bastante abrupta, o prédio da Engenharia Mecânica na última terça-feira, dia 28/09, ocasião em que foram impedidos pelos funcionários que controlam o acesso na portaria do prédio. Dessa vez, usando de estratégia mais sutil, os grevistas entraram de forma pacífica e ordeira identificando-se na entrada, como se estivessem indo assistir às aulas. 

O que não se sabia até então é que em suas mochilas havia instrumentos de percussão, o que foi suficiente para suspender, quase totalmente, o expediente de aulas de graduação no prédio.

Piquete montado pelos manifestantes no prédio das Engenharias Mecânica, Mecatrônica e Naval.

Após interromperem as aulas, os manifestantes montaram barricadas nas portas das salas de aula, exceto em duas onde não conseguiram interromper as aulas por estarem fechadas no momento da investida do grupo.

Ação semelhante se repetiu nos prédios da Engenharia Elétrica, Engenharia Civil e no prédio do Biênio (Ciclo Básico).

Prédio da Engenharia Civil, na Poli

Segundo matéria do R7, a greve teve início em 18 de setembro, organizada por estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, mas só obteve apoio dos politécnicos após assembleia do Grêmio Politécnico realizada na última segunda-feira.

Os grevistas reivindicam a contratação de professores, em um momento em que a USP cancelou o oferecimento de disciplinas por falta de professores que as lecionam, como veiculou o UOL recentemente.

Apesar da repercussão do movimento grevista, bem como declaração de indicativo de greve por parte da Adusp (Associação Docente da USP), a decisão do Grêmio Politécnico surpreendeu a comunidade, uma vez que a Poli não costuma aderir a movimentos grevistas, pelo menos não com tanta intensidade.

Por outro lado, uma entidade que tem um robusto histórico de luta sindical, o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), que representa os funcionário técnico administrativos da universidade, aprovou indicativo de greve a partir de 03 de outubro, surpreendendo um total de zero pessoas.

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